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Psy, se eu te pego: por que o webhit “Gangnam Style” NÃO é o novo Teló
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Editor do UOL Tabloide

Depois que você parar de rever o vídeo abaixo pela 8ª vez, a gente conversa:

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/13242607[/uolmais]

Gangnam style, mas pode chamar de FUTURO DO PRETÉRITO DO POP

Assim como uma legião de Telófilos (sacou?) fez suas versões do “Delícia, delícia”, com resultados às vezes de matar, “Gangnam” também gerou um sem-número de interpretações que só tem aumentado. Logo, “Gangnam Style”, vulgo melhor-viral-de-todos-os-tempos-da-última-semana é “Ai se eu te pego”, pt.2, certo?

Dificilmente. Abaixo, algumas considerações deste Tablog pra contra-argumentar que são coisas distintas:

– Psy, o novo fenômeno da web, é muito mais Tufão que Teló. Não só fisicamente, pelo pânceps sexy, e tal: o cara tem um estilo bastante autoral de se vestir, por mais bizarro que ele seja. Teló se veste mezzo grunge mezzo playboy; dificilmente alguém diria que seu look é ousado

– “Gangnam style”, o clipe, não a coreografia, é extremamente difícil de recriar. Locações, roupas, figurantes, tudo. O clipe do Teló tinha cenas de um show, e… era isso. Não quer dizer que as paródias de “Gangnam” sejam ruins, só não terão o nível de MAGNITUDE do clipe original

– É bem diferente o jeito de Teló e Psy tratarem do mesmo tema, a sedução. (Os próximos parágrafos são um oferecimento do Google Translator) “Gangnam” descreve um cara que MONTA CAVALOS, e parte dessa metáfora pra descrever um amor idealizado, uma menina que seja refinada mas saiba quando sair dos trilhos. Além disso, tem trechos elaborados como “sou um cara muito mais de ideias que de músculos” e “busco uma garota de classe, que curta a liberdade de uma xícara de café” (que diabo…?)

“Ai se eu te pego” é a crônica de um episódio típico, um cara chegando em uma menina sábado na balada. É quase literal (ok, menos a parte da menina matar o cara). De tão simples, sua letra é quase um Ramones do sertanejo universitário.

Sem entrar no mérito de uma letra e outra, entre as duas tem um abismo de distância

– Teló gravou “Ai se eu te pego” em inglês pra estourar lá fora. “Gangnam” nasceu sul-coreano e, pelo menos até agora, não fez essa concessão. Fizeram versões em inglês, mas Psy mesmo estourou numa língua que não é universal

– O clipe e a música do Teló mostram um cara garanhão. “Gangnam” mostra garanhões, mas eles são literalmente uns animais. No que se refere à pessoa humana, o clipe mostra um cara de estilo excêntrico, sensível ainda que nonsense, e sem grilo algum em rir de si mesmo – a começar pela coreografia, mas tem mais coisas. Quantos outros artistas foram cool o suficiente pra gravar uma cena na privada? E de dançar usando uma BERMUDA CÁQUI? Fora que “Gangnam”, segundo seu criador, é um baita bullying com a classe alta sul-coreana. “Ai se eu te pego” é outra coisa.

***

Há mais coisas a serem ditas aí, mas isso serve pra começo de conversa. Se este post fosse muito maior, perigava o auê em cima de “Gangnam” passar antes de você acabar de ler.

Pra encerrar, digamos apenas o seguinte: num mundo justo, “Gangnam” seria a trilha sonora da primavera norte-coreana. E o Technotronic voltaria a fazer show, ressuscitado pela chupinhação bem-sacada que o Psy fez de parte do hit das antigas “Pump up the jam” (reparou?)!


Nossa linda juventude, ou como a música mudou pra dedéu do contratempo do onça pra cá. Arriégua
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Editor do UOL Tabloide

Do chope com banquinho e violão na tarde de Itapuã até o tchu-tchá dos dias de hoje, há uma distância grande.

Mas repare em um detalhe dos mais recentes sucessos do nosso cancioneiro popular ou, como se diz aqui, hit parade:
“Assim você me mata” (oficialmente conhecida como “Ai se eu te pego”, do Michel Theló)
“Assim você mata o papai” e “Se eu te pego te envergo” (Sorriso Maroto, as duas)
“Se me odeia deita na BR” (Aviões do Forró)
“Quebrou a cara” (Harmonia do Samba)
“Dias de luta” (Charlie Brown Jr.)

Viu?
Todas elas têm alguma menção, velada ou explícita, a atos de violência! Das águas de março que fechavam o verão pra cá, a impressão é que o tempo fechou.

Este Tablog nem vai bater nas teclas de julgar isso bom ou ruim, pra não soar como aquele seu tio que falava “rapaz, que mulherão que era aquela Sophia Loren”. Mas fica a reflexão: que hoje em dia nem só de funk pancadão vive a porradaria na música, ahhhhhhh, isso é.


Nome da bola da Copa: golaço ou na trave?
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Editor do UOL Tabloide

Este Tablog, do alto de sua função de cornetar, entra em campo com dois cartões amarelos: pô, como assim a bola da Copa não vai se chamar Gorduchinha!

O politicamente correto falou mais alto, talvez?, foi a primeira coisa que ocorreu ao Editor deste Tablog.

Aí veio a internet, que tudo sabe, e explicou que talvez não seja bem isso: é que o nome “Gorduchinha” é literalmente marca registrada do Osmar Santos, pai da matéria. (Não diz lá se outros nomes igualmente tentadores, como Chulipa e Pimba, também foram)

No fim das contas, o nome é só um detalhe, como disse Shakespeare. Mas pelo menos, podiam mudar a grafia da bola da Copa pra Brasuca com ‘s’, em vez do ‘z’. Se não se escreve Brazzzzzzzzzzil, não se deveria escrever brazzzzzzzuca, positivo?

Aí é entregar o jogo pros ianques!


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