Harlem shake e como a internet estraga as piadas
Editor do UOL Tabloide
Lembra do meme ''menos Luiza, que está no Canadá''? Todo mundo lembra, menos… enfim. Aconteceu há pouco mais de um ano, e talvez já fosse um sinal.
À medida que a internet avança, memes pipocam mais depressa que sentimento antiamericano no Afeganistão. O último hit temporário da web é o ''Harlem Shake'', coreografia que consiste em filmar uma pessoa dançando, primeiro sozinha, depois acompanhada por várias outras.
As versões do ''Harlem Shake'' não têm sincronia nos movimentos nem relação com a música (de um tal dj Baauer, novato dos EUA). É como aquela cena do elevador do clipe de ''Gangnam Style'', só que esticada pra durar 30 segundos, o tempo que durava o vídeo original do ''Harlem Shake''.
De tão bizarra, a dancinha virou viral. De tão nonsense, o viral se espalhou lá fora. E como toda piada repetida trocentas vezes, o brilho do original está diminuindo por culpa dos clones.
Aqui a onda Harlem ainda não chegou forte, mas não deve demorar. Lá fora, nem a primeira dança do ''Harlem Shake'' encostou no número de visualizações de ''Gangnam style'' (ainda), porque o número de vídeos com reinterpretações do ''HS'' original é grande.
Talvez seja um sinal: se todo mundo é uma celebridade ao mesmo tempo, ninguém é uma celebridade. É quase como se tivessem zipado a fala do Andy Warhol: dos 15 minutos de fama previstos por ele, a coisa hoje se resume a 30 segundos, e olhe lá.
Escrito isso, pra quem ainda não viu, olha o Harlem Shake aí, gente! Quem tiver contribuições, mande o link nos comentários ou pro e-mail editordouoltabloide@uol.com.br (lembra quando e-mail era famoso?).