Nossa linda juventude, ou como a música mudou pra dedéu do contratempo do onça pra cá. Arriégua
Editor do UOL Tabloide
Do chope com banquinho e violão na tarde de Itapuã até o tchu-tchá dos dias de hoje, há uma distância grande.
Mas repare em um detalhe dos mais recentes sucessos do nosso cancioneiro popular ou, como se diz aqui, hit parade:
''Assim você me mata'' (oficialmente conhecida como ''Ai se eu te pego'', do Michel Theló)
''Assim você mata o papai'' e ''Se eu te pego te envergo'' (Sorriso Maroto, as duas)
''Se me odeia deita na BR'' (Aviões do Forró)
''Quebrou a cara'' (Harmonia do Samba)
''Dias de luta'' (Charlie Brown Jr.)
Viu?
Todas elas têm alguma menção, velada ou explícita, a atos de violência! Das águas de março que fechavam o verão pra cá, a impressão é que o tempo fechou.
Este Tablog nem vai bater nas teclas de julgar isso bom ou ruim, pra não soar como aquele seu tio que falava ''rapaz, que mulherão que era aquela Sophia Loren''. Mas fica a reflexão: que hoje em dia nem só de funk pancadão vive a porradaria na música, ahhhhhhh, isso é.